29 de jan. de 2010

Encontro Pedagógico na Escolinha

Essa poesia foi interpretada na abertura do Encontro Pedagógico.
NOSSOS FAZERES SÃO SABERES









Era uma semana de janeiro
O perfume da chuva se confundia
Com o perfume do amor

Eles e elas estavam ali, reunidos mais uma vez.
Vozes audíveis semeavam ideias.
Falavam sobre sonhos e futuro,
Falavam histórias de paz,
Falavam projetos de presentes,
Falavam sobre fundamentos e essências.

Mas havia outras vozes silenciosas
Que chegavam aos ouvidos daqueles que estavam ali
E lembravam valiosas lições,
-"Se escolhes matar, também morrerás..."
-"Se deixares viver, também viverás..."
-"A vida é um presente de Deus..."
-"Grandes missões são acompanhadas de grandes responsabilidades..."
-"O essencial é invisível aos olhos..."
-"Podemos sempre mais do que imaginamos..."

Então, de repente as vozes se uniram.
Passado e presente passaram a falar em uma única voz coletiva.
-"Qual é a força de um sonho?"
-"Até onde pode voar um coração?"
-"Qual o alcance dos nossos saberes?"
-"Qual futuro nascerá dos nossos fazeres?"

E unidas pela certeza
Que une os corações que vivem para o bem
Comprometiam-se com a vida para sempre,
Unindo o SABER e o FAZER com a força do sim:
-"Sim, para a educação que transforma..."
-"Sim, para a fé e a esperança..."
-"Sim, para a paz e a justiça..."
-"Sim para vida e o amor..."

Era uma semana de janeiro.
A força do brilho do Sol se confundia
Com a força e o brilho do amor.








Aluísio Jr.

27 de jan. de 2010

"Presente da Natureza"

"De todos os presentes da natureza para a raça humana, o que é mais doce para o homem do que as crianças?"
(Ernest Hemingway)

26 de jan. de 2010

Para trabalhar na Semana Pedagógica!

Com uma brincadeira bem humorada se pode enfocar quais os sete pecados capitais que podem comprometer o sucesso do trabalho em equipe.

OS SETE PECADOS CAPITAIS DAS EQUIPES
1º PECADO – “Espelho, espelho meu, existe alguém mais genial do que eu?" Ocorre quando alguém se acha estrela do time.
2º PECADO – “Guerra das Estrelas”. O que não falta nesse time são estrelas.
3º PECADO – "Os Três Mosqueteiros". Versão reduzida em vez do famoso um por todos, todos por um, nesse grupo só acontece o todos por um. O líder só está interessado nos próprios objetivos.

4º PECADO – “Síndrome do Pinóquio”: Alguém mais acredita no que o líder fala? Ele(a) perdeu completamente a credibilidade.

5º PECADO – “Os Cavaleiros da Idade Média”. No passado, eles usavam armaduras por razões de segurança. Numa equipe, esse líder é o líder que se protege tanto a ponto de se tornar inatingível.
7º PECADO – “Missão Impossível:” É típico das equipes que não acreditam que podem atingir os objetivos.
Fonte: Você S. A

25 de jan. de 2010

Crianças devem se sujar para se manterem sadias, diz pesquisa

Atenção mães e pais zelosos demais, que não deixam seus filhos saírem nas ruas para brincar com receio de que eles possam contrair alguma doença ou que queiram manter seus pimpolhos impecavelmente limpos. Vocês podem estar mais prejudicando a saúde das crianças do que ajudando a preservá-la.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego conduziram uma pesquisa que mostrou que a bactéria staphylococci, muito presente em ambientes abertos, quando em contato com a pele ajuda a prevenir que o sistema imunológico fique ativo demais, o que poderia causar erupções na pele e tornar qualquer machucadinho muito doloroso. Na verdade a pesquisa veio corroborar outros estudos anteriores que rezavam que a exposição a certos germes na primeira infância provoca um fortalecimento do corpo em relação a alguns tipos de alergia e também ajuda a explicar porque países mais desenvolvidos têm mais casos de eczema infantil.
O dermatologista líder da equipe, Dr. Robert Gallo afirmou que alguns germes são bons para os seres humanos e disse que foi a primeira vez que se pode verificar como essa bactéria ajuda em inflamações. O efeito ocorre porque uma molécula chamada ácido lipoteicóico staphilococcal age duiretamente nos queratinócitos, o primeiro tipo de pele encontrada na epiderme humana. Os testes foram realizados em ratos e em células humanas e os resultados foram publicados no último número do periódico Nature Medicine. Agora também não dá mais para reclamar quando aquele genro chato disser "deixa disso, que cria anticorpos" toda vez que seu filho se machucar.
Claudio R S Pucci

24 de jan. de 2010

A Pipa e a Flor

"Fiquei triste vendo aquela pipa enroscada no falho da árvore. Rasgada, ela girava que girava, ao vento, como se quisesse escapulir. Mas não adiantava. Você já viu aqueles bichinhos de asas, quando eles caem em teias de aranhas? Era daquele jeito... Tive dó. Pipa não foi feita para acabar assim. Pipa foi feita para voar. E é tão bom quando a gente as vê, lá no alto... Eu sempre tive vontade de ser uma pipa..." (Rubem Alves).

Um menino confeccionou uma pipa. Ele estava tão feliz, que desenhou nela um sorriso. Todos os dias, ele empinava a pipa alegremente. A pipa também se sentia feliz e, lá do alto, observava a paisagem e se divertia com as outras pipas que também voavam.

Um dia, durante o seu voo, a pipa viu lá embaixo uma flor e ficou encantada, não com a beleza da flor, porque ela já havia visto outras mais belas, mas alguma coisa nos olhos da flor a havia enfeitiçado.

Resolveu, então, romper a linha que a prendia à mão do menino e dá-la para a flor segurar. Quanta felicidade ocorreu depois!

A flor segurava a linha, a pipa voava; na volta, contava para a flor tudo o que vira.

Acontece que a flor começou a ficar com inveja e ciúme da pipa.

Invejar é ficar infeliz com as coisas que os outros têm e nós não temos; ter ciúme é sofrer por perceber a felicidade do outro quando a gente não está perto.

A flor, por causa desses dois sentimentos, começou a pensar: se a pipa me amasse mesmo, não ficaria tão feliz longe de mim...

Quando a pipa voltava de seu voo, a flor não mais se mostrava feliz, estava sempre amargurada, querendo saber com quem a pipa estivera se divertindo.

A partir daí, a flor começou a encurtar a linha, não permitindo à pipa voar alto. Foi encurtando a linha, até que a pipa só podia mesmo sobrevoar a flor.

Esta história, segundo conta o autor, ainda não terminou e está acontecendo em algum lugar neste exato momento.

Há três finais possíveis para ela:

1. A pipa, cansada pela atitude da flor, resolveu romper a linha e procurar uma mão menos egoísta.

2. A pipa, mesmo triste com a atitude da flor, decidiu ficar, mas nunca mais sorriu.

3. A flor, na verdade, era um ser encantado. O encantamento quebraria no dia em que ela visse a felicidade da pipa e não sentisse inveja nem ciúme.

Isso aconteceu num belo dia de Sol: a flor se transformou numa linda borboleta e as duas voaram juntas.

Rubem Alves, "A Pipa e Flor", 2003, Editora Loyola